domingo, 1 de junho de 2008


Primitive Reason/Alternative Prison - Em 1995 os Primitive Reason lançaram o seu álbum de estreia, Alternative Prison que foi altamente aclamado pela imprensa nacional e que veio introduzir no mercado nacional o género de ska, com toques de metal e reggae, resultando naquele que é sem dúvida um dos melhores álbuns nacionais da década de 90, com hits em Hipócrita ou Seven Fingered Friend que nos fazem duvidar que esta banda seja mesmo produto português. Este ano, comemorando os 15 anos de existência dos Primitive, o álbum é reeditado dando à banda uma desculpa para uma nova tournée nacional, provando que ao vivo são das bandas que melhores espectáculos dão, conquistando para a dança ska mesmo quem nunca tenha ouvido o seu som.

5/5
David Bernardino



Linda Martini/Marsupial- Depois de 'Olhos de Mongol' surge agora este belo Marsupial, que nos transporta para fora da realidade, querendo prender-nos ao seu espetáculo surreal. Pequeno mas bom, este EP abre com uma música para não esquecer, "A corda do elefante sem corda", que através de uma mensagem cuidadosa nos transporta para o início desta empolgante viagem, de guitarras certeiras.
Ao chegarmos à última música queremos mais e mais, mas a banda acaba da melhor forma, com uma lenta explosão de instrumentos, a par com uma das suas mais belas letras
em "As Putas dançam slows". Este EP é sem dúvida, uma renovação de toda a música e uma aposta numa 'nova sonoridade', a sonoridade dos Linda Martini.

5/5
João Fernandes



You Should Go Ahead/You Should Go Ahead - Apesar de já ter sido lançado o segundo álbum dos You Should Go Ahead, foi com este auto-intitulado de 2005 que a banda instantaneamente se catapultou para o sucesso, sendo escolhida para actuar em festivais de renome como o South By Southwest 2007, em Austin, Texas, ou mesmo o Creamfields, actuando antes de Prodigy e Placebo. O álbum começa de forma violentamente dançável e psicadélica com Alien Discoteque, seguindo-se Like I Was Seventeen, o primeiro single da banda que muda o registo bruscamente em relação à faixa anterior, numa das maiores características da banda: o cocktail de emoções que dá nome ao mais recente álbum (Emotional Cocktail). Seguem-se outras boas faixas de retro-rock descontraído como She’ll Turn Us All On e Wake Up Song, também transpostas para single. A banda ressuscita ao lado da vaga de rock pouco perfeccionista e revivalista de Franz Ferdinand ou Strokes, sendo os representantes mais fortes do género nacionalmente.

4/5
David Bernardino



Riding Pânico/Lady Cobra- Cá está um álbum para ouvir vezes sem conta, que transforma a música num meio de transporte, um transporte para a mente. Os Riding Pânico são uma banda com influências de rock progressivo e alternativo, que combinam toda a sua mestria nos instrumentos com uma grande sonoridade, sem vocal. Mas o vocalista aqui não faz falta, os instrumentos fazem toda a magia. Em temas como 'One Winged Cessna', ' E se a bela for o monstro' e 'Vox Humana', senti-mos toda a sua energia e creatividade, sendo que o seu som é algo que se reconhece ao longo de cada faixa, seja ela o mais diferente possivel da anterior. Um cd a ter em conta, pela sua enorme creatividade e energia.

5/5
João Fernandes



Micro Audio Waves/Odd Size Baggage – Os Micro Audio Waves, aquando do lançamento do seu primeiro álbum homónimo, foram rapidamente aclamados como uma lufada de ar fresco no campo da electrónica nacional, apresentando aquele que foi de facto um álbum brilhante. O mesmo não se pode dizer do seu seguidor Odd Size Baggage, que apesar de apresentar faixas muito boas como Down By Flow, acaba por se perder no meio da melancolia de Russian Connections ou Do This Do That acabando por não se perceber afinal o que pretende o álbum. Enquanto Down By Flow e 2Night desfilam ambient dançável com boas prestações vocais, essa sonoridade perde-se com muitas outras faixas que acabam por cair num ambient demasiado monótono e minimalista. Apesar de este ter sido o registo do primeiro álbum, lá obtínhamos loops que se encaixavam quase espacialmente lembrando até por vezes Daft Punk sem a batida. Com Odd Size Baggage é compará-lo ao primeiro “Ambient” de Moby, mas retirar-lhe a noção de variedade e originalidade sonora. Emocionalmente é um álbum talvez demasiado escuro e depressivo, não deixando de dar boas mostras de sonoridade electrónica. Ouça-se Future Smile para entender os paradoxos do álbum.

3/5
David Bernardino

Nenhum comentário:

O Guru para todos

O Guru no vosso blog: